segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Juízo Final

Dos anjos aos demônios

A figura do diabo é sempre muito controversa na literatura. Ao mesmo tempo que uns adoram, achando graça, outros detestam sua presença. Com uma presença no palco de forma muito asquerosa e repugnante, Marcelo e Vitor, se apresentaram como uns dos melhores representantes que o inferno já teve.
Na peça, a figura do diabo e do seu comparsa ganharam uma tônica toda especial. Primeiro, por terem sido figuras que dialogaram diretamente com a personagem principal (Paula - fazendo o papel de mãe do Neco) e, com o arcanjo, que medroso, com ar de "fracassado" e de pouca atitude se vê de frente com o próprio mal em pessoa. Com caras, caretas e gargalhadas perversas, despojamentos, ironias, arrogâncias, transformaram as suas cenas em uma divertida "perversão" com o público e com os personagens do palco. Segundo, porque souberam no maior estilo, provocar sem perder a elegância.
Por outro lado, o anjo, que desanimado, cansado da vida, volta à terra a pedido de Deus para salvar uma pessoa (Abelardinho - marido da personagem principal (Paula), que não consegue desencarnar) das garras dos demônios. A missão é ainda mais difícil quando o anjo percebe que até a própria viúva é contra o ex-marido, que mesmo morto, atormenta suas noites de sono.
Em um jogo argumentativo interessante pela salvação da alma do Aberlardinho (por parte do anjo) e, da condenação (por parte do capeta), o anjo enfrenta as dificuldades do debate e tenta fazer a sua esposa viúva (Paula), acreditar que tudo que foi feito foi para o bem da família.
Nesse contexto de crise familiar e de consciência é que o juízo final ocorre, surpreendendo e emocionando a todos....


"Adoro ser asqueroso e repugnante"

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A santa Ceia

O grupo de Teatro Baluarte, fez no último dia 08 de dezembro de 2011, às 20:00, a apresentação da peça "A santa Ceia". A peça contou com um versátil grupo de atores jovens da escola e com performances que ultrapassaram as expectativas dos expectadores.
Com capetas, anjo, uma mãe viúva revoltada com seus dois filhos, um por ser "bobo" e casado com uma barraqueira, a outra, uma filha rebelde e sem juízo que vai se casar com um garoto líder de uma banda chamada paranoia, fizeram da trama uma boa diversão para àqueles que mesmo debaixo de chuva saíram para se aventurarem numa viagem teatral. Na sequência, e, posteriormente, mostraremos mais um pouco da construção da peça com fotos que nos ajudarão a perceber e sentir os dramas e as alegrias da família em nossas vidas.
A "Santa Ceia" é uma peça que vem brindar a família que briga e que ao mesmo tempo se ama.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Gênero Teatral

Géneros Teatrais, são formas de apresentação teatral. O Género teatral tem sempre uma definição questionável. Como toda a generalização, será sempre marcado por questões e pontos de vista de cultura e de cada época. Novas formas de teatro vão surgindo e fundindo-se umas nas outras. Segue-se uma listagem das principais formas de teatro

AUTO: Este gênero teatral surgiu na Espannha por volta do século XII, neste gênero o ator visa satirizar e ironizar as pessoas.

COMÉDIA: A comédia utiliza das situações cômicas, contextos absurdos, caracterização dos tipos e de costumes afim de provocar risos nos espectadores.

DRAMA: É um gênero onde o enredo tenta mencher com os sentimentos do telespectador, geralmente um tema triste.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Interpretação Teatral

A interpretação teatral está diretamente relacionada com as perfomances de encenação, canto e dança apresentados em uma peça. Ela ocorre quando as personagens têm uma boa postura diante do público, ela mostra a importância da disciplina e do conhecimento do espaço onde a peça ocorre, e além de diminuir a timidez, contribui para a desinibição dos atores.
Uma peça teatral depende muito da interpretação do público, uma vez que se quem está assistindo à peça não entende o que está sendo retratado, essa pessoa não vai se deliciar com o teatro.
Entretanto a interpretação também é importante para os atores, pois eles tem que entender quem eles estão representando, assim podem se dedicar mais à peça.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cenas

Cena é um ambiente, um lugar, uma encenação que faz parte de um teatro, por exemplo. A cena é um conjunto de paisagens, de elementos que compõem uma peça teatral.
A cena é o ambiente onde se desenvolvem os atos de um teatro, as cenas podem ser as mesmas desde o início da peça ou sofrer alguma alteração durante o teatro ou até mesmo uma cena para cada ato.
Pode definir-se cena como toda a ação ou ato que produz qualquer sentimento em quem está assistindo ou até mesmo em quem estiver atuando.
A cena ou cenário vem do grego skené representa o espaço arquitetônico específico dos antigos teatros gregos, os quais simulavam um edifício real.

Representação de um teatro grego:

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Teatro Grego


O teatro é um dos principais aspectos da cultura grega. Os gregos desenvolveram o teatro de tal forma que até os dias atuais as peças sofrem influencia da Grécia Antiga.
O teatro na Grécia Antiga surgiu após a evolução de cerimonias gregas, a festa de celebração para o Deus Dionisio, onde os jovens dançavam e cantavam em um templo, oferecendo vinho ao Deus.
Foi na Grécia que foram criados os estilos mais conhecidos do teatro: a comédia e a tragédia, desenvolvidos principalmente por Ésquilos e Sófocles.
Nesta época clássica foram construídos diversos teatros ao ar livre. Eram aproveitadas montanhas e colinas de pedra para servirem de suporte para as arquibancadas. A acústica (propagação do som) era perfeita, de tal forma que a pessoa sentada na última fileira (parte superior) podia ouvir tão bem a voz dos atores, quanto quem estivesse sentado na primeira fileira.
Os atores representavam usando máscaras e túnicas de acordo com o personagem, além de utilizarem a mímica. Muitas vezes, eram montados cenários bem decorados para dar maior realismo à encenação.
Os temas mais representados nas peças teatrais gregas eram: tragédias relacionadas a fatos cotidianos, problemas emocionais e psicológicos, lendas e mitos, homenagem aos deuses gregos, fatos heróicos e críticas humorísticas aos políticos.

Por Caio Lima, Matteus, Yuri, Eduardo e Guilherme

sábado, 23 de abril de 2011

O ator e a personagem


Crueldade! Isso mesmo! Total crueldade a questão da escolha de uma personagem para o ator. E sabem o porquê disso? Porque escolher é preciso e, ao mesmo tempo, impreciso. Preciso, por ser importante para a peça existir, e impreciso, porque a sua escolha é a fuga de tantas outras possibilidades que escorrem pelos dedos.
A maldição do ator está em saber que estudar tantos personagens é imprescindível para sua vida, mas, ao mesmo tempo, a morte súbita das suas próprias escolhas. Todo ator é um aventureiro que tenta desbravar o sertão árido e duro que é o ato de representar. O ator, ao se deparar com uma peça de teatro em suas mãos, sente-se solitário, nu de razões, recheado de sentimentos e emoções, mas condenado a viver uma vida, mesmo que temporariamente, que não é sua, perdendo sua individualidade e identidade.
O ator leva para casa bem mais que um texto ou uma opção de atuação, mas um mundo cruel de possibilidades. O chão se abre sob seus pés e numa sensação de queda livre, como quem caísse sem pára-quedas em direção ao nada, subitamente se depara com um outro eu, de um outro rosto, nova personalidade. O texto está pronto, a fala tem uma direção e a vida no palco tem seu fim.
Esse processo, entre a razão e a embriaguez, de escolha e de tentativa constante de fuga dela, de experimentação que o ator vive e, ao mesmo tempo, deixa de viver, é que o faz pensar na sua personagem como algo que lhe escapa à sua própria realidade. A grande crueldade do teatro para o ator é saber que foi a sua personagem que o escolheu, e que lhe disse o seu fim.